22 dezembro 2015

Clarice Lispector (Especial)



No mês de Dezembro, os fãs de Clarice relembram, o nascimento, e também  se faz memória da morte,na escritora.Clarice Lispector. Clarice nasceu em: 10/12/1920. E faleceu em:  09/12/ 1977. Clarice era Ucraniana, naturalizada brasileira. Romancista, escritora, contista, cronista e jornalista. autora de romances, contos e ensaios. Enfim as obras de Clarice, passeia, por varias linguagens, literárias inclusive crônicas. 

Você já postou alguma frase de Clarice Lispector, das redes sociais? Você já leu algum livro da escritora?   O que  Clarice deixou escrito, é algo maravilhoso para ser resumido apenas como frases nas redes sociais. A função das redes sociais são divulgar, todos os  tipos de conteúdos. Inclusive, citações de escritores. Se você gostar de alguma citação,  vá mais além pesquise sobre o escritor (a). Sempre vale apena fazer novas descobertas. Foi assim  que descobri as obras de Clarice, após me  identificar, muito com algumas citações, comecei a ler os livros, e me apaixonei, completamente, por sua obra.  Que tal você começar a ler Clarice! Não sabe por onde começar? Vou mostrar algumas obras da escritora.  Três desta lista que compartilho com vocês são os meu favoritos. São eles:  A  hora da estrela, As palavras e Aprendendo a viver.  As poucos farei postagens, destacando, um a um. Espero que essa postagem, possa despertar em você o desejo de descobrir, o universo clariceano.  


Lucrécia Neves vive num subúrbio em crescimento, São Geraldo, na década de 1920. O desejo de ser rica e de sair dos limites da cidade a fazem apostar no casamento com Mateus, que a leva para morar na cidade grande. No entanto, a nostalgia do subúrbio a invade de tal forma que ela retorna a São Geraldo, agora tão diferente daquela em que vivera. Viúva, ela se vê diante da possibilidade de iniciar uma relação amorosa mais verdadeira com o doutor Lucas, fato que não se concretiza. A carta da mãe chamando-a para mudar-se para a fazenda dá-lhe uma nova chance de jogar-se numa aventura amorosa e na busca de si mesma.

A história da nordestina Macabéa é contada passo a passo por seu autor, o escritor Rodrigo S.M. (um alter-ego de Clarice Lispector), de um modo que os leitores acompanhem o seu processo de criação. À medida que mostra esta alagoana, órfã de pai e mãe, criada por uma tia, desprovida de qualquer encanto, incapaz de comunicar-se com os outros, ele conhece um pouco mais sua própria identidade. A descrição do dia-a-dia de Macabéa na cidade do Rio de Janeiro como datilógrafa, o namoro com Olímpico de Jesus, seu relacionamento com o patrão e com a colega Glória e o encontro final com a cartomante estão sempre acompanhados por convites constantes ao leitor para ver com o autor de que matéria é feita a vida de um ser humano.



Publicados pela primeira vez em 1974, os 13 contos que compõem A via crucis do corpo, de Clarice Lispector, são precedidos por uma explicação da autora. Ela diz que as histórias foram feitas sob encomenda e que, contrariando sua vontade inicial, aceitou a tarefa por puro impulso. Tentou assiná-lo com o pseudônimo Cláudio Lemos, mas acabou sucumbindo ao argumento de que deveria ter liberdade para escrever o que quisesse. E foi o que fez, num único fim de semana. Mas registrou: "Se há indecências nas histórias a culpa não é minha."

A via crucis do corpo não tem nada de imoral; é, antes de tudo, uma fresta no cárcere social que mantém a mulher — condutora de todos os contos — supostamente distante de seus desejos e fantasias. Ou dos fardos, como a virgindade. O que Clarice fez foi apenas descrever, de forma leve e bem-humorada, algumas dessas benditas transgressões.

Mas como em toda a sua obra, a autora abre espaço para falar dos sentimentos mais profundos e das sinceras idiossincrasias da alma. Em "O homem que apareceu", ela se depara com Cláudio Brito, um grande poeta transformado em lixo humano, e relativiza o fracasso: "Mas quem pode dizer com sinceridade que se realizou na vida? O sucesso é uma mentira."

Na abertura de "Por enquanto", Clarice chega a ser cruel: "Como ele não tinha nada a fazer, foi fazer pipi. E depois ficou a zero mesmo." Ato contínuo, alerta que a vida tem dessas coisas, de vez em quando não sobra nada dentro da gente. Mas é bom prestar atenção porque isso só acontece enquanto se vive.

A via crucis do corpo, como os demais títulos de Clarice Lispector relançados pela Rocco, recebeu novo tratamento gráfico e passou por rigorosa revisão de texto, feita pela especialista em crítica textual Marlene Gomes Mendes, baseada em sua primeira edição.



Autora ao mesmo tempo mais popular e mais respeitada do país, Clarice Lispector está presente na web com mais de dois milhões de entradas no Google. Seus textos e pensamentos circulam pela rede angariando novos leitores a cada dia. Com As palavras, a Rocco atende a demanda de leitores ávidos por pensamentos de referência do universo clariceano, respeitando a soberania verbal, plástica, afetiva, filosófica, poética e artística da autora. Organizada pelo pesquisador e professor da UERJ Roberto Correa dos Santos, a coletânea traça um percurso amoroso pelas frases mais marcantes deixadas pela escritora, num convite à (re)leitura de sua obra completa.



Desde o início, Clarice Lispector recusou a escravidão dos gêneros. Escrevia por fragmentos que depois montava. Escrevia aos arrancos, transcrevendo um ditado interior. As estruturas clássicas não faziam parte desse ditado. Seu olhar passava por cima das regras, quase voraz em sua busca da essência. Este livro bem o demonstra. É composto por contos escritos em épocas diversas da vida de Clarice. E por não-contos. Muitos deles - como Felicidade clandestina, que dá título ao livro - foram publicados no Caderno B do Jornal do Brasil. Como crônicas. Que também não eram crônicas. Convidada em 1967 para escrever semanalmente no JB, Clarice deparou-se com um fazer literário novo. Intimidade a princípio, logo negou os padrões vigentes: "Vamos falar a verdade: isto aqui não é crônica coisa nenhuma. Isto é apenas. Não entra em gêneros. Gêneros não me interessam mais". E "isto" era a mais pura e rica literatura. Nos contos/crônicas/textos - que eu, como subeditora do Caderno recebia semananlmente, datilografados em um envelope de papel pardo, com a recomendação, sempre repetida, de não perdê-los pois eram originais sem cópia - Clarice se expunha em recordações familiares e de infância. Sua irmã Tânia ainda se lembra da menina, filha de livreiro, que encontramos em Felicidade clandestina, atormentando Clarice por conta do empréstimo de um livro. O professor de Desastres de Sofia realmente percebeu o tesouro que Clarice menina escondia. E Come menino é um claro diálogo entre a autora e seu filho. Nada diferencia esses contos, escritos para serem crônicas, de outros contos que aqui estão, escritos para serem contos e publicados anteriormente no livro A legião estrangeira. Pois a força de Clarice não nos chega através das estruturas. Seus textos podem ser desmontados, desfeitos em pedaços - até mesmo diferentes dos fragmentos originais - sem que se perca sua intensidade. Cada palavra ou frase dessa escritora sem igual origina-se em camadas tão fundas do ser, que traz consigo, mais do que um testemunho, a própria voltagem da vida. (Marina Colasanti - jornalista e escritora).



 Esta obra reúne contos onde as personagens - sejam adultos ou adolescentes - debatem-se nas cadeias de violência que podem emanar do círculo doméstico. Homens ou mulheres, os laços que os unem são, em sua maioria, elos familiares ao mesmo tempo de afeto e de aprisionamento. Clarice Lispector trata a solidão, a morte, a incomunicabilidade e os abismos da existência através da rotina de dona-de-casa, do mergulho em uma festa familiar nos 89 anos da matriarca, da domesticação da natureza tida como mais selvagem das mulheres, ou dos pequenos crimes cometidos contra a consciência, como o drama do professor de Matemática diante do abandono e da morte de um animal.











Este livro é sobre de um homem aflito que criou uma personagem, Ângela Pralini, seu alter-ego. Mas ora ele não se reconhecia em Ângela, porque ela era o seu avesso, ora odiava visceralmente o que via refletido naquela estranha personagem-espelho.
Aprendendo a Viver é uma seleção das crônicas mais confessionais escritas por Clarice Lispector na década de 70. Organizado por Pedro Karp Vasquez, o livro reúne uma série de textos em que a escritora conta sua própria vida. É Clarice Lispector na primeira pessoa, detalhando passagens marcantes de sua história, divagando sobre os temas mais variados, revelando particularidades de seu cotidiano e esmiuçando seu processo criativo. Com ele, a Editora Rocco celebra os 40 anos de publicação de A paixão segundo G.H., romance que representa um divisor de águas na obra da autora e que hoje é considerado um clássico da literatura brasileira. 





Por Bia Oliveira 

Fontes de
 Pesquisa:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Clarice_Lispector
Skoob 

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