19 dezembro 2018

Resenha: Depois de AUSCHWITZ



Não sei se eu acabei de ler este livro ou se ele acabou comigo?! Não foi um leitura fácil mas, valeu apena. Porque muitos questionaram a existência de Deus durante o HOLOCAUSTO. Mas poucos sabem que durante o extermínio dois mártires se tornaram Santos Santa Edith Stein, morreu como tantos outros Judeus, Católicos, Ciganos, gays...na câmara de gás. São Maximiliano Kolbe doou sua vida para poupar a vida de um pai de família. Nunca deixará de doer e de gera indignação o que aconteceu em Auschwitz. Mas não devemos nunca questionar sobre a existência de Deus. Ele estava em Auschwitz. E permitiu a sobrevivência de Eva Schloos, que através deste livro emociona o mundo sua missão é relatar o horror que viveu no Campo de concentração, não para gerar angústia,sofrimento e revolta. Mas para conscientizar as pessoas de diferentes, gerações, nacionalidades, etnias e classes social. A estudantes, políticos, presidiários...A importância da tolerância, respeito as diferenças. E uma mensagem de encorajamento e superação. Que nós mostra que enquanto estivermos vida temos a oportunidade de recomeçar.



"Este livro é dedicado á memória das vítimas do Holocausto e de outros genocídios que não puderam contar suas próprias histórias"
                                          ( Eva Schloss)


Eva Schloss e Anne Frank 


Eva sobreviveu as calamidades  do campo de concentração em Auschwitz. Anne Frank, deixou escrito em páginas que depois se tornaria um dos livros mais vendidos do mundo. Sua vida escondida em um anexo. Moraram em prédios vizinhos,quando eram garotas e costumavam brincarem juntas em Amisterdã  Mas a vida delas se uniriam de forma inimaginável, as experiências vividas por elas com pontos de vistas diferentes. Seria algo de admiração, horror, superação e esperança. 



O recomeço 

Otto Frank e Fritzi Markovits ( Mãe de Eva). Fritzi perdeu o esposo e o filho em Auschwitz, mais ainda tinha Eva. E Otto tinha perdido suas filhas Anne e Margot e a esposa. Está parte da história enche nosso coração com a doce lição que nós mostra que com, companheirismo, carinho, mutua admiração e uma dose de perseverança dois corações partidos podem se reconstruir, amar e encontra um novo sentido para a vida. 



 "...aprendi: apesar de todo o desespero, haverá sempre esperança, A vida é muito preciosa e bonita- e ninguém deve desperdiça-lá"  






Eva Schloss meia irmã de Anne Frank

Como citei a cima, o único sobrevivente da família Frank foi Otto. Antes mesmo da mãe de Eva e Otto se casarem. Ele ficou muito próximo de Eva e ajudou com conselhos e atitudes a garota traumatizada a se encontrar e a recomeçar a vida e descobrir sua vocação profissional, Otto de fato foi uma pessoa que fez diferença na vida de Eva. ( sendo um Paidrasto) Uma das partes mais especiais desta história foi conhecer um pouco mais sobre Otto Frank. Que realmente era um ser humano maravilhoso. Não me atrevo a dizer se Anne tinha razão quando no diário relatava, sua antipatia pela mãe e a irmã. Mas posso afirmar que ela tinha razão em admirar de forma incondicional o pai. 

O diário de Anne Frank 





" Anne Frank escreveu no final de seu diário, pouco antes de ser capturada, que ainda acreditava que as pessoas tinham bons corações, mas eu me pergunto o que ela pensaria se tivesse sobrevivido aos campos de concentração de Auschwitz e Bergen-Belsen. Minhas experiências revelam que as pessoas têm uma capacidade única para a crueldade, brutalidade, e completa indiferença aos sentimentos humanos. É fácil afirmar que o bem e o mal existem dentro de cada um de nós, mas eu vi a realidade de perto, e isso me levou a uma vida de questionamento sobre a alma humana"  


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Mesmo eu já tendo lindo, o diário da Anne, não tinha conhecimento de sua abrangência mundo a fora. E da importância do Instituto Anne Frank. Nas páginas de"Depois de Auschwitz" vamos conhecer um pouco sobre as negociações, brigas judiciais, impacto politico e histórico do diário de Anne. E como Otto ficou digamos obsecrado pela memoria de Anne onde varias vezes citava a filha e seu comportamento, como referencia para advertir o mal comportamento das netas ( filha de Eva). Entre outras coisas, um fato curioso foi saber que  o sr Frank, nunca assistiu a uma adaptação do diário da filha.Otto junto com Fritzi, dedicou a maior parte de sua vida, na administração do legado, deixado por Anne. Nunca usou o dinheiro dos direitos autorais, em beneficio próprio. Passava a maior parte do dia no escritório junto com a esposa respondendo as cartas que recebia dos leitores, do diário.  





" Vejo que mesmo toda a veracidade do Holocausto não abriu os olhos do mundo para o terror do antissemitismo" 

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Apesar de não ser uma leitura fácil, em alguns momentos considero especialmente, para quem ama O diário de Anne Frank. Este livro uma leitura obrigatória, que complementa, o que Anne deixou escrito em seu diário. Pois é bem provável que ela tenha vivido situações semelhantes a de Eva em Auschwitz mas infelizmente não teve a mesma sorte que ela, de ter sobrevivido. Duas garotas um mesmo destino, duas situações opostas, uma mesma missão. Serem protagonistas, uma como vitima outra como sobrevivente, do maior genocídio  na história. Que a indignação, por suas vitimas jamais cessem, mas que não seja nutrida pelo ódio, que  seja fonte de reflexão, para temos consciência do valor importante, da tolerância, do respeito e na unidade que independente de cor, raça, religião e opção sexual. Somos uma única raça, somos humanos, racionais, sociáveis...Que devemos amar uns aos outros. Isto gera a paz. Condição vital para a humanidade sobreviver. 



Por: Bia Oliveira
Nota: 5/5
Photos Autorais
Instagram/ @entrepaginasemuitashistorias


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07 dezembro 2018

Frases: Quem me roubou de mim?

Sinopse:  Em “Quem me roubou de mim?” Padre Fábio de Melo aborda uma violência sutil, mas destruidora, que aflige muitas pessoas: o sequestro da subjetividade. Essa expressão pouco comum refere-se à privação que sofremos de nós mesmos quando estabelecemos com alguém, nas palavras do próprio autor, “um vínculo que mina nossa capacidade de ser quem somos, de pensar por nós mesmos, de exercer nossa autonomia, de tomar decisões e exercer nossa liberdade de escolha”. Uma vez sequestrados, perdemos a capacidade de sonhar, ficamos impossibilitados de viver as realizações para as quais fomos feitos e não temos com quem reclamar. Precisamos, portanto, estar sempre atentos para que isso não nos aconteça pois, como escreve padre Fábio: “Nenhuma relação humana está privada de se transformar em roubo, perda de identidade, ainda que as pessoas nos pareçam bem-intencionadas. Um só descuido e as relações podem evoluir para essa violência silenciosa. Basta que as pessoas se percam de seus referenciais, [...] que confundam o amor com posse, que abram mão de suas identidades, e que se ausentem de si mesmas”.
Saraiva   



Foto: Instagram @entrepaginasemuitashistorias 




QUEM ME ROUBOU DE MIM? Este ano faz 10 anos, da primeira publicação.E das adições lançadas a capa que mais gosto continua sendo está da primeira edição.
É com muito carinho, que faço uma postagem sobre esté livro. Porque ele é o primeiro livro que adquiri, e oficialmente me tornei leitora. Ele é o filho mais velho de uma coleção de livros com variados gêneros e autores. Sendo que meu gênero literário favorito gira em torno dos livros de auto ajuda e dos livros religiosos. Tenho a maioria dos livros escrito pelo Pe Fábio, e gosto muitíssimo de todos eles. Mas no entanto creio que este é o melhor livro por ele escrito. Visto que seu conteúdo se torna cada dia mais atual e adequado para trazer luz e sabedoria. Na vivência e superação dos conflitos atuais. De uma geração que vive rodeada de conhecimentos e informações, mas não conhecem a própria subjetividade. E por isso facilmente se deixam manipular...por pessoas e situações que facilmente se tornar reféns, de uma vida sem sentido.


*A vida humana é uma constante experiência de travessia. Estamos em êxodos contínuos, em processos de deslocamentos intermináveis, porque, enquanto estivermos vivos, seremos convidados para o movimento  que  que nos proporciona a superação de estágios, condições e atitudes. 



* Precisamos dilatar as consciências que temos de nós mesmos. É assim que Deus ganha espaço em nós. Quanto mais conscientes do que somos, fazemos e podemos, seremos homens e mulheres mais realizados, prontos para o desafio de transformar o mundo. 



* Onde houver um ser humano realizado, nele Deus estará revelado. 




*Digo o que posso e também o que não posso. Por isso o limite é positivo. Ele me proporciona um agir coerente, porque me posiciona a partir do que sou e não do que o outro gostaria que fosse. 




*Apreender e conhecer os limites que se tem é um jeito interessante de potencializar as qualidades que nos são próprias. 

Foto: Instagram @entrepaginasemuitashistorias 
* As alegrias costumam ser preparadas no silêncio das duras esperas. 



*A ausência ainda é uma forma interessante de mensurar o que amamos e o que queremos bem. 


* Distantes do que antes era tão próximos, recordamos a visão encantadora do nosso lugar. Olhamos de um jeito novo. Redescobrimos os detalhes, as belezas silenciosas que com o tempo, desaprendemos a perceber. 




* Toda relação é um encontro de subjetividade. A vida é feita desses encontros. 



* Do amor á  posse o caminho é curto.Basta que percamos o fogo de nossa identidade para que corramos o risco de alguém administrar nossa vida, roubando-nos de nós mesmos. 



*Na condição de ser primeira morada do mundo, cada ser humano traz em si o dom de transformar o mundo inteiro, mas isso só será possível se ele viver o constante desafio de não perder-se de si mesmo. 




* Cada pessoa é uma propriedade já entregue, isso é, dada a si mesma, mas ainda precisa ser conquistada. É como se pudéssemos reconhecer: "Eu já sou meu, mas preciso me conquistar", porque, embora eu tenha a escritura nas mãos, ainda não conheci a propriedade que  a escritura me assegura possuir. * O amor talvez seja isso.Encontro de partes que se complementam porque se respeitam. E, no ato de respeitarem, ampliam o mundo um do outro. O recém-chegado não tem o direito de reduzir o mundo de quem se deixou encontrar. O amor não diminui, mas multiplica.
*Sempre que alguém chega á nossa vida nunca vem sozinho. Ele traz o seu horizonte de sentido. Pessoas, coisas, valores, idéias. Traz o alicerce que o  faz ser o que é. 




* É assim que podemos intensificar o nosso processo de "ser pessoa". Á medida que motivamos e somos motivados para o autoconhecimento, tornamo-nos á disposição dos outros. 




*Não me leve de mim. Leve-me até mim. 

Foto: Instagram @entrepaginasemuitashistorias 


*...Que você chegue com seu dom de também me fazer chegar perto de mim...Pra me fazer ver o que sou e que só você viu. Para eu ser capaz de amar também o que você amou. 




*Se Deus nos fez livres, o amor de quem nos encontrar pela vida não pode ser contraditório ao amor que nos originou. O outro que acabou de chegar não tem o direito de se tornar obstáculo para "Aquele" que nos sustenta em nossa condição primeira. 


* Estamos em processo de feitura, e Deus nos devolve a nós o mesmo o tempo todo. Ele nos devolve pelas mãos históricas de quem nos encontra, de quem nos ama. É o amor humano de Deus, manifestado em minha vida pela força de pessoas concretas, cheias de voz e de gestos. 
*Só deseja aquele que carece. E carecer é o mesmo que ser imperfeito limitado. 



* O que nos faz querer estar ao lado de alguém é o desejo. Não o mesmo desejo de sempre, mas o desejo que se modifica á medida que vivemos o processo natural da vida. 



* o amor só pode acontecer nas pessoas que atravessam a ante-sala da paixão.Somente depois de conhecidos limites e virtudes é que o amor é real. 



*Eu procuro por mim, tal qual o artesão procura sua arte, escondida nos excessos da matéria bruta de seu mármore. 



Quem me roubou de mim? É  um livro, que em algum momento, ou até durante toda leitura, você vai se identificar. Ou porque você é vitima de uma relação, que te faz refém,. Ou porque você está fazendo alguém  refém.  A diferença entre, ser vitima ou ser, o carrasco nas relações, tem  diferenças, que podem ser bem reconhecidas  através, da leitura deste best-seller. Que vale muito apena ler.   
Espero que tenham gostado da seleção, de frases. Obrigado pela visita. bjs

Por Bia Oliveira 

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Sobre o livro: 

 Quem Me Roubou de Mim? Foi lançado em 2008 pela Editora Canção Nova  em 2009 foi o terceiro livro mais vendido, no Brasil. Segundo a revista Veja.