A primavera ( última parte)
Um passo incerto e absolutamente contraditório ás razões mais ocultas do coração conduziram-me aos braços do filho mais velho de Estevão Bittencourt. Quem me dera extrair coragem, a mesma que convencia a terra árida a deixar-se colmar de cores, e unir meu canto ao canto das cigarras ressurretas para gritar em alto e bom som que o meu coração já tinha dono, e que eu gostaria de trocar a grandeza do filho mais velho pela fraqueza do filho mais moço. Haveria algum problema para meu pai? Só trocaria um pelo outro. Eu me casaria do mesmo jeito. As consequências, saberias vivê-las com imensa felicidade. A vida simples, a casa de aluguel, a necessidade de trabalhar para ajudar Alberto com as despesas. Duas ou três mudas de roupa, as mãos grossas, o cansaço ao fim do dia. A vida, e só . O amor completa os espaços. Supre as carências, suplanta os temores. Mas a coragem não veio. O sim entre dentes confirmou minha covardia e desde então a desesperança tornou-se minha compan...