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Mostrando postagens com o rótulo Memória Literária

Memória Literária: Feliz Aniversário

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#Clarice-se   "...vestira a aniversariante logo depois do almoço. Pusera-lhe desde então a presilha em torno do pescoço e o broche, borrifara-lhe um pouco de água-de- colônia para disfarçar aquele seu cheiro de guardado – sentara-a à mesa. E desde as duas horas a aniversariante estava sentada à cabeceira da longa mesa vazia, tesa na sala silenciosa". Feliz Aniversário.   Neste conto, vamos conhecer D. Anita, uma senhora de 89 anos, que vive no ambiente familiar, a indiferença, que muitos idosos, sentem por estarem longe de suas famílias.  "...a aniversariante estava sentada à cabeceira da longa mesa vazia, tesa na sala silenciosa". A mesa pode ser interpretada como uma metáfora da vida de dona Anita. Durante a festa fica claro, a indiferença, dos filhos, netos e noras. Para com a aniversariante. Noras, totalmente, desconfortáveis, do ambiante. Netos indiferentes. Ah! e os presentes, os poucos que levaram, não trouxer

Memória Literária: O amor

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#Clarice-se   O amor. É um conto com apenas sete páginas. Por tanto a leitura pode ser feita, em menos de 15 minutos, cabe na lista de leitura de qualquer leitor. E vale muito a pena.  Espero que gostem da dica e leiam também!  "O amor"  A narrativa conta a história de Ana, uma mulher casada, com dois filhos. Ela tinha uma vida normal e seguia sempre uma rotina, até que um dia, sofre uma epifania, que muda sua vida. O que mais gosto nos contos é a liberdade, que os leitores têm ao  interpreta-los.  Neste conto sobre o amor, Clarice, nos leva a conhecer Ana, uma mulher que nasceu, para o lar. Que cuida de tudo e de todos. Como muitas mulheres que conhecemos, sejam nossas, mães ou avós.  "Ana dava a tudo, tranquilamente, sua mão pequena e forte, sua corrente de vida''. Essa frase descreve a personagem de Clarice, com perfeição. Por mais tranquila e perfeita que seja a vida. A rotina cansa, e aos pouco vamos nós sentind

MULHER DA VIDA

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Mulher da Vida, Minha irmã. De todos os tempos. De todos os povos. De todas as latitudes. Ela vem do fundo imemorial das idades e carrega a carga pesada dos mais torpes sinônimos, apelidos e ápodos: Mulher da zona, Mulher da rua, Mulher perdida, Mulher à toa. Mulher da vida, Minha irmã.’ (Poemas de Goiás e Estórias Mais, p.201, 1996)

"Ariano Suassuna - Arte como Missão" TV Senado Especiais (01/08/2013)

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Olá leitores! Assistir a  essa espetacular "Aula-Espetáculo" Com o saudoso Ariano Suassuna. E gostaria, de dividir com vocês, que visitam o blog. São 1 hora e 40 min. De  uma  bela prosa cheia de sabedoria e bom humor. Que vale muito apena assistir. Parte do projeto "Ariano Suassuna - Arte como Missão", esta aula-espetáculo do escritor Ariano Suassuna foi realizada em defesa da cultura brasileira e da identidade nacional. O evento é marcado pela convicção do escritor de que a arte é "missão, vocação e festa". O espetáculo foi gravado na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, em Brasília, em julho. Fonte Via YOUTUBE

Frases: Baú de Espantos

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E ai você gosta de poesias?  Trago para vocês, um a dica de livro, que apenas pelo nome do autor dispensará, qualquer, especie de comentário, a respeito do livro:    Baú de Espantos de Mário Quintana . Preciso dizer mais alguma coisa ? com certeza não.  Ai vai  alguns  aperitivos poéticos, para a degustação, retirado do livro. Mas o melhor mesmo é apreciar sem moderação este  delicioso banquete, de poesias, que Quintana, nós oferece. Faz bem alimentar a alma com poesia.  Se você já leu algum livro do Quintana, vai amar esse, se você nunca leu, pode começar, por esse que você  não irá se arrepender.  Sinopse "Baú de Espantos" foi uma das últimas obras de Quintana e reuniu 99 poemas até aquela data inéditos, havendo inclusive escritos de sua juventude, como o poema Maria , de 1923, quando ele tinha 27 anos, o que confere ao livro uma estrutura de rigorosa montagem e um caráter especial. Quase todos os poemas são breves e em versos livres, mas há sonetos (alguns com métrica

Memória Literária : Antoine de Saint-Exupéry

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Na coluna Memória Literária de hoje. Vamos sabe um pouco mais sobre:  Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry (29 de junho de 1900, Lyon - 31 de julho de 1944, Mar Mediterrâneo) foi um escritor, ilustrador e piloto da Segunda Guerra Mundial, terceiro filho do conde Jean Saint-Exupéry e da condessa Marie Foscolombe. Apaixonado desde a infância pela mecânica, estudou a princípio no colégio jesuíta de Notre-Dame de Saint-Corix, em Mans, de 1909 a 1914. Neste ano da Primeira Guerra Mundial, juntamente com seu irmão François, transfere-se para o colégio dos Maristas, em Friburgo, na Suíça, onde permanece até 1917. Quatro anos mais tarde, em abril de 1921, Antoine inicia o serviço militar no 2º Regimento de Aviação de Estrasburgo, depois de reprovado nos exames para admissão da Escola Naval. Obra Suas obras são caracterizadas por alguns elementos como a aviação e a guerra. Também escreveu artigos para várias revistas e jornais da França e outros países, sobre mui

Memória Literária:João Guimarães Rosa

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No dia 27 de junho de 1908, nascia em Cordisbusgo (MG) um dos mais importantes escritores brasileiros de todos os tempos: João Guimarães Rosa. Seu primeiro livro foi a coletânea poética Magma — publicada postumamente em 1997. Portanto, sua estreia para o público só ocorreu, de fato, em 1946, com Sagarana, obra que se tornaria um marco em nossa literatura. Dez anos depois nos presenteou com uma obra-prima, o romance Grande Sertão: Veredas, que em 2016 faz 60 anos. Texto Nova Fronteira  Vídeo YouTube  TV Cultura 

"A pipa e a flor", uma encantada história de Rubem Alves

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Era uma vez uma pipa. O menino que a fez estava alegre e imaginou que a pipa também estaria. Por isso fez nela uma cara risonha, colando tiras de papel de seda vermelho: dois olhos, um nariz, uma boca... Ô pipa boa: levinha, travessa, subia alto... Gostava de brincar com o perigo, vivia zombando dos fios e dos galhos das árvores. - “Vocês não me pegam, vocês não me pegam...” E enquanto ria sacudia o rabo em desafio. Chegou até a rasgar o papel, num galho que foi mais rápido, mas o menino consertou, colando um remendo da mesma cor. Mas aconteceu que num dia, ela estava começando a subir, correndo de um lado para o outro no vento, olhou para baixo e viu, lá num quintal, uma flor. Ela já havia visto muitas flores. Só que desta vez os seus olhos e os olhos da flor se encontraram, e ela sentiu uma coisa estranha. Não, não era a beleza da flor. Já vira outras, mais belas. Eram os olhos... Quem não entende pensa que todos os olhos são parecidos, só diferentes na cor. Ma