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Mostrando postagens com o rótulo Gabriel Chalita

Namorar, verbo bom de conjugar

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Namorar é conhecer, é cortejar, galantear. Namorar é celebrar a presença mesmo quando a presença está ausente. É lembrar que se tem alguém para amar. É elevar. No início de um namoro, há o desejo e o medo. O desejo de que seja real o que parece onírico. O desejo de que seja eterno o pulsar mais valente do coração. O desejo de que seja correspondido. E aí vem o medo. O medo de que seja ilusão, apenas. O medo de que os defeitos do outro sejam impossíveis de serem tolerados. O medo de que os meus defeitos afastem a pessoa amada. Desejo e medo causam bagunça. Mas os inícios de namoro sempre trazem alguma bagunça. Bagunça o pensamento, o cotidiano, as escolhas. Uma bagunça boa, talvez. Lembrar as frases ditas. Lembrar os olhares. Lembrar os primeiros afagos. Mesmo a quem não assume, o romantismo faz um bem enorme. Há quem comece um regime, há quem se matricule em uma academia de ginástica, há quem compre roupas novas, cuide melhor do cabelo, da pele. Afinal, há alguém com quem dividir

Feliz Natal

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O Natal não é  apenas, no dia 25 de Dezembro. Na liturgia da Igreja Católica. O natal é comemorado durante oito dias.A  partir do dia 26 de Dezembro, se encerrando no dia da  epifania do Senhor, vivemos a oitava de natal. Tamanha importância tem o natal, que não se pode, ser celebrado em apenas um dia. Sendo assim, desejo a todos um   FELIZ NATAL! obrigado por visitar o blog #ENTREPAGINASEMUITASHISTORIAS.  Ao ler esta mensagem do Gabriel Chalita. (abaixo)Me faz pensar, que Jesus, e sua mensagem de amor ainda precisa nascer no coração de muitas pessoas. E essa mensagem de amor e fé depende dos que amam e acreditam N'ele, para ser propagada. Lembrou-me  também um linda frase atribuída a São Francisco de Assim: "EVANGELIZE SEMPRE, SE NECESSÁRIO, USE PALAVRAS” O maior exemplo que Jesus nós deu foi sobre o amor,  aliás os dois primeiros mandamentos se referiam ao amor. Amar a Deus sobre todas as coisas. E amar o próximo como a si mesmo.Que os nossos atos de amor sejam bem mais que

Frases: Amor

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Olá Leitores! Quem gosta de frases, vai amar, esse livro. "Amor" é um livro de bolso, repleto de belas  frases o tema principal é o amor. Frases simples, mas muito bem focadas, nos levam a fazer belas reflexões. As frases são perfeitas para enriquecer, as redes sociais. Mandar para quem a gente ama. É sempre bom compartilhar, com os amigos algo que nós deixe mais leve, e nos inspire, muitas vezes uma única frase pode mudar o dia de alguém. As palavras têm um grande poder.Este livro faz parte de uma coleção com três volumes:  AMOR, FELICIDADE e GENTILEZA.  Os livros são lindos  do conteúdo, a aparência. Devido as muitas frases cada uma mais bela que a outra, em breve postarei uma segunda publicação, com mais algumas frases do livro. Boa leitura a todos!  Eu amo, sem economias. Eu amo, apesar das suas dúvidas. Sei que você não é o que os outros dizem, tampouco o que aparenta ser.  Quer me conhecer melhor?  Venha com calma.  Não

Arrume o relógio

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Perguntou-me um senhor se eu sabia onde havia um relojoeiro.  Disse-lhe que sabia e expliquei como chegar até ele.  Agradeceu e explicou-me que, ultimamente, ninguém se preocupa em arrumar as coisas. Jogam-nas no lixo e querem novidade.  O relógio que precisava de conserto era do filho.  O filho queria comprar outro, e ele disse que não. "Arrume o relógio, meu filho!”. Ouvi aquele senhor que parecia precisar de algum ouvinte. Como estava atento, ele colocou-se a falar de outros temas. Reclamava, com elegância, dos que não gostam de arrumar as coisas. "Antigamente, havia um valor afetivo em cada bem que possuíamos. Guardávamos objetos dos nossos avós, dos nossos pais com algum respeito." Fez gestos agradecidos pela atenção e seguiu, em passos vagarosos, rumo ao relojoeiro. Afinal, tinha um objetivo naquela manhã, quase um compromisso, arrumar um relógio. Saí da despretensiosa prosa pensando na sua calma e no seu comedimento ao criticar a sociedade dos descartáv

Maria e as Bodas de Caná

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No dia 12 último, celebramos a festa da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Romeiros de cantos diversos foram à casa da Mãe para cantar a simplicidade e sonhar com dias melhores. Festa da fé. No dia anterior, em Belém do Pará, uma multidão veio de cantos diversos para caminhar com a imagem da Virgem de Nazaré. Não há competição entre uma ou outra. Trata-se da mesma Maria, da mãe de Jesus, que é lembrada com nomes diversos por razões diversas. Nossa Senhora de Fátima ou de Lourdes ou da Piedade ou de Guadalupe ou da Glória é a mesma que a de Aparecida ou Nazaré. É a mãe do Filho de Deus. É a intercessora junto ao Mediador. No dia da Padroeira, dia 12, o evangelho da celebração traz o que é considerado o primeiro milagre de Jesus. As Bodas de Caná. Maria estava na festa com seu filho. Festa de casamento. Maria não tinha responsabilidade nenhuma por aquele casamento. Nem pela comida. Nem pela bebida. Nem pelos convidados. Era ela convidada. Poderia estar apenas se di

Lembranças e esquecimentos

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Lembrar é uma das possibilidades da razão. Lembrar é revisitar o passado e encontrar significados no existir. Existimos instante a instante. Alguns revelam surpresas agradáveis, outros trazem dor. Instantes em que a vida é gerada. Instantes em que palavras de amor são proferidas. Instantes em que encontros marcam, para sempre, nossa trajetória. Quantas vezes agradecemos por ter conhecido alguém que nos ressignificou o sentido da palavra amar ou conviver ou cuidar ou partilhar a vida. Estávamos desprevenidos, distraídos, talvez, e alguém chegou. E mudou outros tantos instantes que se somaram e se somam à nossa vida. Conquistas inesperadas. Portas que se abriram depois de outras que, subitamente, foram fechadas. Sem nossa autorização. Invasores dos nossos espaços nos fazem mal. Por que chegam? Por que incomodam tanto? Mas é assim. Não controlamos o outro nem suas flechadas. E, aí, vem a queda. A dor. A ferida aberta. Esquecer os que nos feriram? Esquecer as feridas? Não s

A medida do amor

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A medida do amor é amar sem medida. O que queria Santo Agostinho com essa assertiva? Amar sem medida? O que é uma medida? O amor pode ser medido? Pode-se medir o amor de uma mãe que, generosa, faz da vida dos filhos a própria vida? Que, em noites indormidas, acalenta a dor dos seus rebentos? Que se multiplica para atender a avidez por respostas dos filhos inquietos? Pode-se medir o amor de um religioso que faz de sua vida uma entrega a Deus e ao seu próximo? Que repete o ensinamento de Madre Teresa de Calcutá, a peregrina do amor, que dizia que quem julga  as pessoas não tem tempo para amá-las? Pode-se medir o amor de um cidadão comprometido com a geração que virá depois e que, por isso, cuida da Casa Comum que é o planeta em que vivemos? Pode-se medir o amor de uma mulher ou de um homem apaixonado que resolve dividir o que tem, o que sabe, o que sonha com outro alguém que chegou por alguma razão que nem a razão imagina e que permaneceu? Renúncias e encontros. Amargores e sabores

A ternura de meu pai

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Meu pai era um homem terno. Gostaria de estar com ele. Gostaria de ter tido o poder de prolongar o tempo. O tempo das prosas de tantos entardeceres. Juntos. Infância regada a exemplos. Gentileza natural nascida na crença de que o outro merece sempre o nosso melhor. Calvários doloridos os de meu pai. Foi preso, injustamente, na época da ditadura Vargas. Trabalhou com afinco. Primeiramente, para ajudar os pais. Limpou escolas, plantou em hortas, vendeu na feira, trabalhou no comércio, virou comerciante, empresário, construtor. Não teve oportunidade de estudar. Estudou, entretanto, a alma humana, com tamanha delicadeza e paciência que se formou mestre na área complexa de compreender que o outro merece ser respeitado. Sofreu meu pai pela morte de dois filhos. Chorou a inversão da lógica. Um morreu aos 21 anos, acidente de carro. O outro de complicações no pulmão, aos 33. Tinha síndrome de Down. Era o centro da casa. Alegria contagiante de quem não tem economia em expressar

Acordes de esperança

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Há uma esperança sendo acordada nas terras do Irã. Um país que teve uma das civilizações mais sofisticadas do passado viveu e vive tempos em que a liberdade é como aquela flor do poema de Drummond. Aquela flor que nasceu na rua. Fala o poeta das cartas que não foram escritas nem recebidas. Fala dos homens que voltam para casa e do tédio que abate a cidade. Ausência de liberdade. Uma flor ainda desbotada ilude a polícia, rompe o asfalto. Façam completo silêncio, paralisem os negócios, garanto que uma flor nasceu. Sua cor não se percebe. Suas pétalas não se abrem. Seu nome não está nos livros. É feia. Mas é realmente uma flor. Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde e lentamente passo a mão nessa forma insegura. Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se. Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico. É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio. Na época em que  Carlos Drummond de Andrade escreveu esse poema, o mund

Tempos estranhos

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Vivemos tempos estranhos. Essa frase talvez tenha sido dita, inclusive, em outros tempos, quando também houve estranhamentos na ação humana. Mas é sobre os tempos de hoje que escrevo, que lamento, que me preocupo. Tempos descartáveis. Jogamos fora pessoas e suas biografias. Descompromissados com a verdade, buscamos o poder a qualquer custo. Atacamos o outro, desprovidos de um dos mais nobres sentimentos, a compaixão. Tempos violentos. As mortes de cristãos na Líbia representam os horrores dos fanatismos religiosos que se sucedem em tantas outras partes do planeta. A violência também está dentro das casas. Violência simbólica e física. Mulheres continuam sendo espancadas, violentadas, agredidas em sua dignidade. Assim também as crianças que têm a inocência roubada por usurpadores de futuro. Tempos barulhentos. Gostamos dos mais diversos sons, menos do som do pensamento. Ouvimos barulhos

Páscoa, passagem

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Páscoa é passagem. Passagem da morte para a vida. Passagem da escravidão para a libertação. Passagem para um novo começo. Momento de renovação. Na Páscoa antiga, celebrava-se o fim dos tempos duros no Egito e o início de uma nova caminhada sem a opressão de dono algum. Moisés conduziu o povo com a fé no amanhã, com a esperança dos novos ventos. E o mar se abriu diante daquela gente valente que trocou as correntes pelo desconhecido. Na Páscoa nova, a ressurreição de Cristo, a força que rasga a morte, inaugura um tempo novo para aqueles que compreendem que mal algum supera o Bem. Na madrugada do domingo, a esperança se reacende, após o período da escuridão gerado por homens mal informados, mal formados, mal amados. O calvário de Cristo se repete ainda hoje. Cruzes são carregadas por mulheres e homens de todos os cantos que aguardam um canto novo para viver.  Em sua mensagem de Quaresma, papa Francisco nos alerta: “Fortale

Sexta-feira da Paixão

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Desde criança, sempre me impressionei com o sofrimento de Cristo nos episódios que antecederam sua morte. Pregaram na cruz o Pregador do Amor. Flagelaram o Homem que ensinou contra os flagelos impostos aos marginalizados do seu e de todos os tempos. Humilharam o Bem-aventurado que falou e viveu a humildade. Injustiças sempre causaram dor.  Lembro-me das procissões em minha cidade natal, dos cantos tristes, das encenações da paixão. Caminhávamos em silêncio, até o alto da cidade, revivendo a Via Sacra e imaginando como era Gólgota, lugar em que a Cruz foi fincada e o Homem Bom, crucificado. Depois, na Igreja, lembro-me de toda aquela gente passando para ver o Jesus morto. Queriam tocar na imagem sofrida. As beatas, atentas, ralhavam quando alguém apanhava uma pétala do caixão do Mestre. Eu ficava triste. Enchia minha mãe e meu pai de perguntas. Eles sugeriam que eu perguntasse a

Sobre a lucidez e a cegueira

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"Cegueira também é isto, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança." José Saramago Há uma obra do genial escritor português José Saramago, chamada "Ensaio sobre a lucidez", que dá sequência à outra não menos importante, "Ensaio sobre a cegueira". As angústias frente aos desmandos das ações humanas no poder são as mesmas. Os eleitores, no "Ensaio sobre a lucidez", num dia cinza e chuvoso, primeiramente, demoram a ir às urnas, o que causa imensa preocupação nas autoridades. Depois saem, quase em bando, o que traz alívio. Mas dura pouco, pois a apuração mostra um número assustador de votos em branco. Convocada nova eleição, o feito piora. A população não aguenta mais os partidos de direita, os de esquerda e os do meio. Os políticos não compreendem o recado e começam a agir de forma ainda mais errática. A mentira se alastra. As ameaças, também. Até que as autoridades resolvem abandonar a c

E nasceu a mulher

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No livro do Gênesis, há o relato da criação da mulher. Nos mitos antigos, também. Deusas e mulheres ocupando espaços. A bela Afrodite que emergiu das espumas das águas do mar. Psiquê que foi se apaixonar pelo homem errado. Ou não. Eros era um deus eternamente menino ou eternamente belo. Adoecido, fez com que o amor desistisse de habitar os homens. E, sem amor, o que somos? A mulher nasceu muitas vezes. Nas histórias tantas que nos contaram, a mulher teve diferentes papéis. Sofreu as dores de parir e de ser parida em uma sociedade falocrática. O homem era quem saía para a caça e, portanto, tinha a mulher como um objeto seu. Houve sociedades matriarcais, mas em menor escala. As mulheres de Atenas pouco participavam do berço da democracia. Eram os homens que divagavam em elucubrações filosóficas e decidiam nos negócios do Estado. Mulheres medievais, mortas acusadas de feitiçaria. Mulheres escravas, vítimas das dores horrendas e dos flagelos que vinham de todos os lados. De outras mu