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Mostrando postagens de junho, 2014

Nossos defeitos

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Diante de uma vitrine atrativa, um menino pergunta o preço dos filhotes á venda. -Entre  30 e 50 dólares, respondeu o dono da loja. O menino puxou uns trocados do bolso e disse: -Eu só tenho tenho 2,37 dólares, mas eu posso ver os filhotes? O dono da loja sorriu e chamou Lady, que veio correndo, seguida de cinco bolinhas de pelo. Um dos cachorrinhos vinha mais atrás, mesmo mancando de forma visível. Imediatamente o menino apontou aquele cachorrinho e perguntou: -O  que é que há com ele? O dono da loja explicou que o veterinário tinha examinado e descoberto que ele tinha um problema na junta do quadril, sempre mancaria e andaria devagar. O menino se animou e disse: - Esse cachorrinho que eu quero comprar! O dono da loja respondeu: - Não, você não vai querer comprar esse. Se você realmente quiser ficar com ele, eu lhe dou de presente. O menino ficou transtornado e, olhando bem na cara do dono da loja, com seu dedo apontando, disse: -Eu não quero que você o dê pa...

Viajar com bagagem leve

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Dizem que os viajantes mais experientes levam malas menores, mais leves, mais fáceis de serem transportadas. São mais prudentes do que aqueles que levam malas pesadas, que aumentam as dificuldades. É um problema colocá-las no bagageiro ou mesmo andar pela cidade até o local em que se vai hospedar.  A vida é, também, uma viagem. Igualmente, temos nossas bagagens que vão acumulando com o tempo. Algumas pessoas acumulam tanto peso que vivem perturbadas. E, acostumadas com a perturbação, não conseguem se livrar. Não conseguem mais se lembrar do que é viver com leveza, com liberdade. Há acúmulos materiais. Pessoas que não conseguem doar roupas, livros, CDs, móveis etc. E, como não param de comprar, suas casas ficam abarrotadas do que não usam, do que não necessitam. Em tempos de campanha do agasalho, faz muito bem experimentar a generosidade e ajudar quem precisa. Há outras bagagens que pesam a nossa existência, com as quais, infelizmente, nos acostumamos e não conseguimos ...

A cultura do encontro

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Desde que o mundo conheceu o novo papa, somos todos – católicos ou não – surpreendidos por sua sabedoria e simplicidade. Francisco é um homem de palavras exatas. De reflexões singelas e provocativas. Ocupa-se, incansavelmente, de nos atentar para as evidências que, na velocidade da vida moderna, deixamos de enxergar, de ponderar. Em sua rede social, com 14 milhões de seguidores, o papa nos chama para o cuidado com os idosos: "Às vezes descartamos os idosos, mas eles são um tesouro precioso: descartá-los, para além de ser injusto, é uma perda irreparável”. Alerta-nos contra a cultura do descartável. Da injustiça. Convoca-nos, enfim, à missão de paz e bem. “Fazei-me instrumento de Vossa paz”, como disse o outro Francisco, o santo de Assis. O revolucionário do Amor. Apenas o amor pelo próximo nos faz enxergar a face de Deus. Descartar nosso irmão é desconhecer nossa essência. Somos carentes uns dos outros. Em qualquer idade. No caso dos idosos, há uma razão a mais: é de...

A chave de nossas lembranças

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Gosto de conversar com as pessoas. Gosto muito. Preocupo-me com um tempo em que pessoas gastam parte significativa da vida com máquinas e se esquecem do significado de “gastar tempo” com outras pessoas. Olhos fitos no celular. Mensagens. Redes sociais. Jogos. Avidez pelo mundo virtual. E quase nenhuma palavra com quem está ao lado. Gosto de conversar com as pessoas. Repito. E gosto de ouvir suas histórias. Momentos, partidas, encontros. Lágrimas de nossas dores. Paixão. Dores de um amor não correspondido. Cicatrização. E, de novo, a esperança. E, de novo, a dor. Temos a chave de nossas lembranças e o poder de revisitá-las. O tempo passa e permanece dentro de nós. Lembro-me de minha infância, de minha pequena cidade e das famílias sentadas na calçada em dias quentes. Não havia ar-condicionado, não havia internet, a televisão não ocupava nosso tempo. A violência não nos frequentava. Na praça, sempre havia música. Íamos à missa e, na saída, conversávamos sem pressa. Presente...