O amor que desafia o tempo
Encontrei, no prédio em que moro, uma senhora sorridente que me disse: "Faça o favor de me dar os parabéns! Completo, hoje, 70 anos". Eu, imediatamente, cumprimentei-a, dizendo que a vida é um dom de Deus. Ela completou: "A vida e o amor, pois faço, hoje, 70 anos de casada!". Quando saímos do elevador, seu marido a esperava. Conversamos um pouco. Falaram de tristes momentos da família. De entes queridos que partiram. Das dores da separação. De algum estranhamento. E, de "mãos dadas", eles se foram. De "mãos dadas", esse é o segredo para o amor que desafia o tempo. O amor não exige perfeição, exige apenas o caminhar de "mãos dadas". No início, no acender da paixão, há o medo do novo, da mudança necessária. Com o tempo, a surpresa se vai, mas um e outro, inspirados pelo romantismo, aquecem o tempo, surpreendendo. Dizeres de amor nunca fazem mal e mantêm as chamas acesas. Estavam indo à missa, agradecer a Deus por terem se conhecido...