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Livro: Na jornada com Cristo

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Este livro, é um livro de bolso. Maravilhoso, para quem está começando a descobrir o prazer de ler. É um livro de pequenas histórias, para refletir, tendo sempre como ponto de referência, versículos bíblicos. O livro pode ser lido aleatoriamente  você pode abrir em  qualquer  pagina que encontrara uma bela reflexão.  Este livro "Na jornada com Cristo" é um apanhado de Histórias disponíveis em outros livros do autor, é apropriado, para quem quer,conhecer a linguagem literária, de Max Lucado  Frases do livro: "Você nunca perdoará alguém mais do que Deus já lhe perdoou". "Você não é um acidente nem um incidente; você é uma dádiva para o universo, uma obra de arte divina, assinada por Deus". " Caminhe com Deus por longo tempo e passe a conhecer seu coração". "Há um capitão e um destino. Embora a batalha seja violenta, a embarcação é segura, porque o capitão é Deus. O navio não afundará. Quanto a isso, não há nenhuma preocupaçã...

Mascarados

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Saiu o Semeador a semear Semeou o dia todo e a noite o apanhou ainda com as mãos cheias de sementes. Ele semeava tranqüilo sem pensar na colheita porque muito tinha colhido do que outros semearam. Jovem, seja você esse semeador Semeia com otimismo Semeia com idealismo as sementes vivas da Paz e da Justiça. Cora Coralina O poema acima, inédito em livro, foi publicado pelo jornal "Folha de São Paulo" — caderno "Folha Ilustrada", edição de 04/07/2001.

O cântico da terra

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Eu sou a terra, eu sou a vida. Do meu barro primeiro veio o homem. De mim veio a mulher e veio o amor. Veio a árvore, veio a fonte. Vem o fruto e vem a flor. Eu sou a fonte original de toda vida. Sou o chão que se prende à tua casa. Sou a telha da coberta de teu lar. A mina constante de teu poço. Sou a espiga generosa de teu gado e certeza tranqüila ao teu esforço. Sou a razão de tua vida. De mim vieste pela mão do Criador, e a mim tu voltarás no fim da lida. Só em mim acharás descanso e Paz. Eu sou a grande Mãe Universal. Tua filha, tua noiva e desposada. A mulher e o ventre que fecundas. Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor. A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu. Teu arado, tua foice, teu machado. O berço pequenino de teu filho. O algodão de tua veste e o pão de tua casa. E um dia bem distante a mim tu voltarás. E no canteiro materno de meu seio tranqüilo dormirás. Plantemos a roça. Lavremos a gleba. Cuidemos do ninho, do gado e da tulha. Fartura teremos e donos de sít...

Assim eu vejo a vida

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A vida tem duas faces: Positiva e negativa O passado foi duro mas deixou o seu legado Saber viver é a grande sabedoria Que eu possa dignificar Minha condição de mulher, Aceitar suas limitações E me fazer pedra de segurança dos valores que vão desmoronando. Nasci em tempos rudes Aceitei contradições lutas e pedras como lições de vida e delas me sirvo Aprendi a viver. Cora Coralina

ANINHA E SUAS PEDRAS

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Não te deixes destruir... Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas. Recria tua vida, sempre, sempre. Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça. Faz de tua vida mesquinha um poema. E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir. Esta fonte é para uso de todos os sedentos. Toma a tua parte. Vem a estas páginas e não entraves seu uso aos que têm sede. Cora Coralina  (Outubro, 1981)

Conclusões de Aninha

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Estavam ali parados. Marido e mulher. Esperavam o carro. E foi que veio aquela da roça tímida, humilde, sofrida. Contou que o fogo, lá longe, tinha queimado seu rancho, e tudo que tinha dentro. Estava ali no comércio pedindo um auxílio para levantar   novo rancho e comprar suas pobrezinhas.   O homem ouviu. Abriu a carteira tirou uma cédula,   entregou sem palavra. A mulher ouviu. Perguntou, indagou, especulou, aconselhou, se comoveu e disse que Nossa Senhora havia de ajudar E não abriu a bolsa. Qual dos dois ajudou mais? Donde se infere que o homem ajuda sem participar   e a mulher participa sem ajudar. Da mesma forma aquela sentença: "A quem te pedir um peixe, dá uma vara de pescar." Pensando bem, não só a vara de pescar, também a linhada, o anzol, a chumbada, a isca, apontar um poço piscoso e ensinar a paciência do pescador. Você faria isso, Leitor? Antes que tudo isso se fizesse o desvalido não morreria de fome? Conclusão: Na prática, a teoria é outra. Cora...

Velho Sobrado

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Um montão disforme. Taipas e pedras, abraçadas a grossas aroeiras, toscamente esquadriadas. Folhas de janelas. Pedaços de batentes. Almofadados de portas. Vidraças estilhaçadas. Ferragens retorcidas. Abandono. Silêncio. Desordem. Ausência, sobretudo. O avanço vegetal acoberta o quadro. Carrapateiras cacheadas. São-caetano com seu verde planejamento, pendurado de frutinhas ouro-rosa. Uma bucha de cordoalha enfolhada, berrante de flores amarelas cingindo tudo. Dá guarda, perfilado, um pé de mamão-macho. No alto, instala-se, dominadora, uma jovem gameleira, dona do futuro. Cortina vulgar de decência urbana defende a nudez dolorosa das ruínas do sobrado - um muro.  Fechado. Largado. O velho sobrado colonial de cinco sacadas, de ferro forjado, cede. Bem que podia ser conservado, bem que devia ser retocado, tão alto, tão nobre-senhorial. O sobradão dos Vieiras cai aos pedaços, abandonado. Parede hoje. Pa...