O futuro de meu filho

A filosofia preocupa-se mais com perguntas do que com respostas. Uma das mães tentou ajudar. "Não tenho o direito de decidir o futuro de meus filhos. Já decidi o meu. Quero que eles tenham consciência para decidir o deles. Se forem médicos como nós, os pais, será ótimo. Se não forem, será ótimo também. O que quero, inclusive inspirada na teoria de Kant, é que sejam bons. Isso é o mais importante". Que os filhos sejam bons. Inspirados em Kant ou, melhor ainda, nos pais. Os exemplos são combustíveis de vida. Garantem o mínimo para o percurso que teremos de cumprir. O resto fica para a nossa liberdade. Há muitos caminhos, há muitas possibilidades de exercitar o talento no mundo do trabalho. O mais importante é ser bom.
Na sobremesa daquele jantar, senti um gosto de esperança. Pais preocupados com filhos. Amigos exercendo a prosa filosófica para conviver com leveza. Retratos de um mundo que pode ser melhor. Se exercitarmos a bondade.
Por: Gabriel Chalita (fonte: Diário de S. Paulo) | Data: 06/02/2015
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