CineLivros: John Green e Nat Wolff dizem que 'Cidades de Papel' celebra amizade
01/07/15
Escritor e ator estão no Rio para divulgar filme baseado em
livro.
Em encontro com fãs e a imprensa nesta quarta-feira (1), o
escritor John Green falou sobre a adaptação para o cinema de seu livro
"Cidades de Papel", que chega aos cinemas no dia 9 de julho.
Acompanhado do ator Nat Wolff, que interpreta Quentin, o
protagonista, ele afirmou que o sentido principal de seu texto foi preservado
na adaptação. "A coisa mais importante era o entendimento da amizade é de
como as pessoas são complexas. Isso era central".
Ele atesta a qualidade do trabalho. "Muita gente diz
que adaptações para o cinema são piores do que os livros, mas acho que esta é
claramente melhor".
John Green citou como destaque na narrativa a maneira como a
personagem alvo romântico do protagonista é interpretada pela modelo Cara
Delevigne. "Era importante mostrar que Margo não é um milagre, é uma
pessoa. Humanizá-la era fundamental".
Sobre a paixão de Quentin por Margo, Nat Wolff conta que a
história de amor está relacionada com outros fatores da sua vida que Quentin
não consegue observar. "Às vezes você está focado em uma coisa, mas é
preciso olhar para os lados".
Fascínio pela cartografia
O tema das cidades de papel, que são pequenas cidades
criadas por cartógrafos para conseguir identificar cópias, foi escolhido por
John Green sempre ser fascinado por esse trabalho. "Sempre fui encantado
por este ofício de escrever, de desenhar o mundo como eles fazem".
Semelhanças com personagem
O escritor também enfatizou que adorou o trabalho de Wolff
como o protagonista do filme. "Nat é muito esperto e estou satisfeito não
só por ele fazer parte do elenco, mas por estar envolvido no processo como um
todo".
Wolff, em contrapartida, elogiou Green e destacou que
Cidades é seu livro favorito do autor. "Eu me senti extremamente à vontade
durante as filmagens".
O ator contou que há semelhanças entre a vida de Quentin e a
sua própria. "O filme foi como uma máquina do tempo. Eu também tinha dois
amigos inseparáveis e uma paixão platônica. Foi como se eu voltasse no tempo.
Eu também sigo acreditando que a amizade é algo muito importante na minha
vida".
Sucesso no Brasil
John afirma que nunca esperou o sucesso que seus livros
fizeram ao redor do mundo. "Eu nunca imaginei que meus livros iam ser
traduzidos para o português e se tornariam best sellers aqui, por
exemplo."
Green fez questão de reverenciar os leitores brasileiros.
"Eu nunca me considerei diferente dos autores que falam para os jovens,
mas é maravilhoso estar aqui e até é um pouco estranho, pois é algo que nunca
imaginei. Eu gostaria de agradecer aos fãs brasileiros".
O escritor completou a sua fala mencionando a dificuldade de
escrever para o público adolescente.
"É uma linguagem que não é para adultos e nem para
crianças. É um meio termo. São linguagens que se encontram e, em algum momento,
entram em conflito. É uma época diferente da infância, é uma época de primeiras
vezes, de primeira paixão, de descobertas. Não são adultos, mas já abandonaram
a infância",
afirmou John.
Fonte: http://g1.globo.com/
Imagens: (Foto: Cristina Boeckel/G1)
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