Virando a página

Muito já se falou sobre a derrota do Brasil na Copa, inclusive sobre o sofrimento das crianças e o aprendizado diante da dor. Foram eleitos os culpados. Falou-se das questões emocionais, do "apagão" diante da responsabilidade. Das improvisações. Da falta de preparo. O próprio técnico, Felipão, disse que quem aceita desafio corre riscos. Era ele um ídolo por ter sido o técnico do penta. E agora? É incrível como alguém deixa de ser ídolo para ser vilão de uma hora para outra. E vice-versa. O goleiro Júlio Cesar, tão criticado, virou herói no jogo contra o Chile. O país parou para ver seu time jogar. Os jogadores tinham a responsabilidade de vestir a camisa com as estrelas de pentacampeões do mundo. E perdemos. E sofremos. Mas é preciso virar a página. No dia do jogo, virando as páginas de um livro, deparei-me com uma história escrita pelo afegão Atiq Rahimi: "Terra e cinzas". Um conto comovente sobre a guerra. Quase um recital em defesa da paz. A história se...