06 outubro 2014

Teresinha e Francisco, irmãos da bondade


Francisco de Assis nasceu na Itália em 1182. Teresinha do Menino Jesus nasceu na França em 1873. De séculos e lugares distintos, esses dois jovens continuam marcando a história da humanidade. Irmãos da bondade, Francisco e Teresinha são celebrados nesta semana. Dia 1o de outubro, Teresinha. Dia 4, Francisco. O que eles têm em comum? O que deles permanece desafiando o tempo? Nem por distração, esses dois jovens deixaram de amar o ser humano. Nem por descuido, abandonaram a missão de fazer o bem. E fizeram o bem sem concessões. 
Francisco fez uma opção clara por amar aqueles que outros, de sua época, não quiseram amar: os "derrotados", os "invisíveis", "os malcheirosos", os abandonados. A todos, tratou como irmãos; inclusive, os animais, criaturas que também têm sentimentos. Teresinha, na sua "pequena via", deixou um legado de simplicidade, de delicadeza, de confiança em Deus. Da clausura do convento, tornou-se padroeira das missões. De seus poemas, nascem lições de um amor que transcende o mundo do poder e da competição. Seu desejo era fazer cair uma chuva de rosas sobre aqueles que mais necessitavam,  para perfumá-los de vida.
Os santos são mais do que intercessores, são exemplos de passos corretos num mundo tão ausente de referenciais. A busca pelo poder a qualquer custo macula as relações humanas. A agressividade com que nos tratamos rouba de nós a capacidade de nos vermos como irmãos. As guerras, infelizmente, persistem. Mas persistem,  também, a arrogância, a intolerância e a perversidade. Guerras internas. Qual o remédio, então? Na inspiração de Francisco e Teresinha, a perseverança na bondade. Não permitir que o que vemos nos impeça de ver o que deveríamos ver. Mesmo nos fétidos terrenos do egoísmo, moram sementes de generosidade. Façamos nossa parte.
Por: Gabriel Chalita (fonte: Diário de S. Paulo) | Data: 03/10/2014

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