"Minha alma tem 17 anos " diz Kiera Cass de "A seleção"
Olá ! gente, eu como mais uma de milhões de pessoas, apaixonadas pela trilogia "A seleção" tive curiosidade de conhecer um pouco mais sobre a autora . A achei uma entrevista muito legal com a Kiera Cass. dia 27 da Agosto do ano passado. Por Raquel Carneiro.
Fonte: da Matéria http://veja.abril.com.br/blog/meus-livros/entrevista/minha-alma-tem-17-anos-diz-kiera-cass-de-a-selecao/
Destacarei aqui alguns trechos da entrevista :
Fonte: da Matéria http://veja.abril.com.br/blog/meus-livros/entrevista/minha-alma-tem-17-anos-diz-kiera-cass-de-a-selecao/
Destacarei aqui alguns trechos da entrevista :
Aos 33 anos, a americana Kiera Cass, autora da trilogia A Seleção (Seguinte), faz parte do clube de escritores que encontraram um filão e tanto: a distopia adolescente. Ao lado de gente como Suzanne Collins (Jogos Vorazes) e Veronica Roth (Divergente), Kiera é uma das mais bem sucedidas autoras jovens do momento, e soma, só no Brasil, mais de 400.000 livros vendidos. A moça chegou às livrarias brasileiras em 2012 com o primeiro volume da trilogia composta por A Seleção, A Elite (2013) e A Escolha (2014), todos lançados aqui, onde também este ano saiuContos da Seleção, título derivado da série.
Uma mistura de reality show casamenteiro com a magia dos contos de fadas, a saga conta a história da jovem America, que vive sob uma monarquia absolutista, em uma sociedade dividida em castas, praticamente sem mobilidade social. Semelhantes às indianas, as castas da história apresentam indivíduos com diferentes graus de instrução, funções e condições financeiras. Há apenas duas formas de uma garota mudar de posição social. A primeira é casar com alguém de uma casta acima. A outra é ser escolhida para a Seleção, um reality show que confina no castelo do rei 35 garotas em busca do coração do príncipe. America, que faz parte da casta 5, uma classe pobre e designada para artistas, se cadastra no programa para que sua família receba os benefícios do governo e para fugir do ex-namorado, que partiu seu coração.
Seus livros são muito populares no Brasil. Você mantém contato com os leitores brasileiros? Sim, eles sempre deixam mensagens nas minhas redes sociais. Não consigo entender tudo o que escrevem, mas sei que estão animados com meus livros e minha ida à Bienal. Acho que meus fãs brasileiros são os mais entusiasmados que já conheci. Quando estive no Brasil, no ano passado, me surpreendi com a multidão animada que me esperava. E isso é ótimo, pois trabalho sozinha em casa com minhas crianças, nas pausas troco fraldas (risos). Então é legal poder ter o retorno das pessoas que leem os livros.
Em seu site, você se diz uma fã de literatura infantojuvenil. Pois é. Minha alma tem 17 anos. Ler e escrever esse tipo de história é muito natural para mim. Tenho 33 anos, sou casada há dez, tenho dois filhos, mas não sei se conseguiria escrever uma história para adultos. Minha alma é jovem e falar sobre isso é fácil e gratificante para mim.
Escritores como John Green, Veronica Roth e você são constantes nas listas de livros mais vendidos no Brasil, que é dominada por literatura jovem. Os adolescentes leem mais hoje? Creio que sim e fico muito feliz com isso. Lembro que quando eu era adolescente não encontrava tantos livros que me entendessem como existem hoje. Não existia um John Green, por exemplo. Por isso os jovens foram taxados como pessoas que não gostam de ler. Mas não encontrávamos histórias que se relacionassem com nossas vidas, sentimentos, problemas. Na escola, eu era obrigada a ler vários livros que não gostava. Quando um jovem descobre que ler é divertido e interessante, ele lê, e muito. Se você é um jovem que lê bastante, se torna um leitor melhor quando cresce.
Distopias estão na moda entre adolescentes. O que faz essas histórias serem tão interessantes para os jovens? Eu não sei. Nunca imaginei que esse tema poderia ser tão popular neste momento. Eu não tinha planejado escrever uma distopia, foi um acidente. Eu queria escrever um conto de fadas, mas não encontrei um lugar adequado para ambientá-lo no passado. Então decidi criar meu próprio mundo para colocá-lo no futuro, com alguns elementos de passado, como roupas, tecnologias.
Qual o diferencial de A Seleção entre tantas histórias do tipo? Minha série é uma mistura de distopia com um conto de fadas. Ela se destaca das outras do estilo por ser mais leve e mais voltada para o que realmente acontece no nosso mundo
Como a trama surgiu? Comecei a pensar no “e se” de outras histórias. No caso Ester, da Bíblia, e Cinderela. Na história de Ester, existe um rei e uma rainha, porém a rainha se recusa a aparecer em uma festa dada pelo rei. Ele fica furioso e seus conselheiros dão a ideia de que ele traga ao castelo belas moças e escolha uma nova rainha. E o rei faz isso. E traz centenas de garotas ao palácio, que são obrigadas a viver ali para sempre. E Ester é a vencedora. Então imaginei: e se Ester, ou outra garota, fosse apaixonada por alguém de fora do castelo e não quisesse estar ali? Isso não está na Bíblia, então não sabemos. E Cinderela também nunca pediu por um príncipe. Ela pediu por um dia de folga e um vestido novo. Ela queria ir a uma festa. E se ela não viveu feliz para sempre por que conseguiu o cara cobiçado do reino? Então essas questões vieram à minha mente e eu quis escrever sobre uma garota humilde, que ganha a atenção do príncipe, mas já está apaixonada por um rapaz pobre.
Fonte: http://veja.abril.com.br
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