Nita e Paulo Freire, um livro sobre o amor
Nita Freire nos presenteou com os detalhes cotidianos do apaixonado Paulo Freire. Conta que estavam os dois vivendo o luto da despedida. Ela havia enviuvado, depois de um casamento de quase 30 anos. Ele havia perdido Elza, de quem fora cúmplice de sonhos e afagos durante 42 anos. Encontraram-se nos desencontros. Encantaram-se. Os relatos trazem a adolescência da paixão nos anos de maturidade. Não há idade para amar. Nita revigora uma frase corriqueira na vida de Paulo Freire: "eu optei por viver". Bilhetes em cardápios de avião, em guardanapos. Poemas lidos com vagar nos telefonemas apaixonados, quando estavam distantes. Paulo, o patrono da educação brasileira, era um homem romântico. Com as mulheres que amou e com as causas que abraçou. No pouco convívio que tive com Paulo Freire, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, o que mais me chamava atenção era o seu "gostar de viver". Não pode ser educador quem não gosta de viver. Gostar de viver é ...